terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Sobre a sede, a água...

Tenho sede e não há o que beber.
Busco de copo em copo, de casa em casa,
ninguém se importa, não abrem a porta
e quem abre não tem nada a oferecer.

Tenho sede e penso que este é o fim.
Me canso, me perco, me afundo em águas rasas
que não saciam, nem aliviam a secura
que se instalou em mim.

Quem virá e me afastará desta dor?
A quem irei, de quem beberei?
Anseio por uma água que dê vida a este deserto.
Da qual eu beba e sinta novo vigor.

Se desta água eu beber, a quem me pedir dela eu darei,
Pois sei que, quando a encontrar, rios de agua fluirão
e banharão as terras secas e áridas de meu coração
e sede nunca mais terei, nunca mais terei.

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