sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Sobre não estar só

Andorinha só não faz verão,
Coração bate fraco sem o amor,
Flor não desabrocha no outono,
Do sol, nada se faz sem seu calor.

Sem os segundos, o que é a hora?
Que é a música sem o tom?
Sem as pétalas haveria rosa?
E harmonia sem o som?

Seja o sorriso de minha boca,
A razão de minha existência,
Seja a lágrima de meus olhos,
O ser da minha essência.

E eu serei seu pulso firme,
A órbita de seus mundos,
Serei sua primavera e encherei
De sentido seus segundos.
Para Myrian (mi hermana) e Guilherme.
Parabéns e felicidades! =D

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Sobre uma idéia! =D

Desde que recebeu a ordem dos próximos desafios, não conseguiu se concentrar sequer nas atitudes mais banais e cotidianas. Começava a escovar os dentes e quando caía em si estava tomando banho. Calçava o tênis antes da calça, e mais de uma vez colocou meias com pares trocados.

Toda essa história está me deixando do avesso. Não entendo esse cara, não sei o que ele quer... Aliás, não sei como EU fui chegar a esse ponto. Digo, não era difícil ter desistido. Era só parar de dar ouvidos, ponto!

João sabia que não estava sendo sincero. O 'cara' tinha mais do que palavras sedutoras, ele era cheio de vida. O 'cara' era o cara que João queria ser e por isso era tão difícil desvencilhar-se da vontade de cumprir os desafios. Cumpri-los levaria-o a ser outro 'cara', seja lá como isso se daria.

- De qualquer forma, não vou começar agora. Preciso espairecer as idéias - disse de si para si - e nada melhor do que uma boa caminhada no parque para isso.

No entanto, aguentar-se sozinho com todos os pensamentos perambulando em sua cabeça não seria fácil. Decidiu ligar para Maria e ver se a garota toparia a pequena jornada de 5 km. Nada melhor do que uma caminhada e um bom papo para espairecer as idéias.

Prontamente pegou o telefone e ligou.

- Alô, respondeu a voz sonolenta do outro lado.

João reconheceu a voz instantaneamente.

- Maria. Que ótimo, você está a toa, senão não estaria durmindo. Sendo assim, parque daqui a 30 minutos. No lugar de sempre. Até lá.

Desligou. Esperou o telefone tocar. Não tocou. Ela entendera o recado e topara a parada.

Calçou o tênis, depois do short e com meias certas, e foi.

to be continued

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Sobre olhos que se olham

Os olhos se encontram. Olhos que já sorriram, se entristeceram e se preocuparam. Preocupações que vieram e outrora cansaram a vista, agora fraca e débil, incapaz de preocupar-se novamente, mas ainda capaz de focar na retina a luz que brilhou por muitas primaveras ao seu lado. Luz tênue e vacilante que nos próximos invernos irremediavelmente se apagará. Os olhos permanecem onde estão, recordando, não mais envergonhados em se fitar, demoradamente. Não há mais vergonha, o tempo a levou.

E que é o tempo? – perguntam, sem a pressa de obter resposta. A pergunta se esvai, se perde no vento, próprio objeto da questão. Da mesma forma foram engolidas e varridas tantas memórias de tudo que afetou seus olhos cansados e mãos calejadas. Memórias que, bem ou mal, não mais podem afetar.

Com o olhar, as palavras escapam. Sobra o sorriso. Sobra o toque. Mais que lembranças, presença. De tudo o que já importou, apenas ela age agora. Apenas o que é presença, o que é presente pode os incomodar, ou alegrar. Foram precisos muitos anos para compreender, mas o vento que carrega barcos para longe sempre volta trazendo a nau da sabedoria. E essa nau ensina que o que passou já foi e o que virá não é; só resta a presença; doce ou amarga, é ela que os faz viver.

Ainda assim, saudosamente se olham. O passado se faz vida, pois o sentimento se faz presente. As mãos se tocam e se apertam, encorajam-se a viajar de volta com o vento, sem deixar que o peso de seus corpos deixe de sinalizar sua presença.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Sobre um tal...

Metades, antes fosse.
Quartos, menos mal.
Sete, pelo menos.
Como fragmentos dispersos que se esparramam e se multiplicam, mais e mais.

Do todo, outrora, perderam a luz viva e cintilante.

Abaixado, recolhe-se, então.
Trata de descobrir entre as partes a que ainda traz a sua essência.
Encontra-a.
Refaz-se, mutando-se.

Ainda deixa-se em pedaços, mas poucos e maiores.
E agora em cada um brilha AQUILO que o faz ser o que era, e é.

Sobre outras coisas

- Já se perguntou para onde esse barco vai?
- Pra onde vai? Como assim?
- É. Pra onde ele vai. Onde ele vai atracar, que rumo ele está tomando, sei lá...
- Atracar? Rumo? Como assim?
- ...
- Acho que ele apenas vai, não?
- Hm. Talvez. Mas não sei. Tenho a impressão de que ele deve... estar indo a algum lugar diferente.
- Tipo que lugar? Ou melhor, que tipo de lugar? Um lugar... um lugar mais... sei lá, como assim que lugar?
- Olha só. Sabe todas essas pessoas que estão aqui no barco?
- Han. Sei.
- Então. Já pensou que podem existir mais pessoas. Diferentes. Talvez outros barcos. Ou, até mesmo, outra coisa que não seja o mar. Um lugar onde a gente possa pisar como pisa no barco, mas no lugar do mar. Ou talvez um barco bem grande. Onde tenha mais gente, muita gente!
- Você está variando, não está?
- ...
- Outras pessoas? Outros barcos? Você não acha que a gente já os teria visto nesses sete anos? Não tem nada além do mar, tá vendo? Olha lá longe, não tem nada. Nem desse lado, nem do outro. Nem de lado nenhum.
- ...
- Hmf... Se você fosse menos sonhador, trabalharia melhor, sabia?
- Eu sei. Só acho que seria legal conhecer outras coisas...
- Que coisas, João, não existem outras coisas.
- Maria, tem que existir... Isso daqui cansa.



Às vezes, quando vou escrever, sento e começo a história/poema/o-que-quer-que-seja com a primeira frase que vem em minha cabeça. E da mesma forma como a primeira frase apenas vem, o resto também vem. Não necesseriamente penso em uma mensagem que queira passar ou me abrir sobre um sentimento meu. Apenas escrevo e vou tentando deixar legal.
Com isso quero dizer apenas que não estou cansado da vida, tá? Embora esse texto dê margem a outras reflexões que talvez condizam com algumas coisas que tenho passado. Só pra esclarecer...

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Sobre um céu cheio de estrelas

João, nosso intrépido personagem, personificação dos sentimentos cotidianos de todos nós, em mais uma de suas empreitadas...

"Para sempre", pensou. "Para sempre é muito tempo".

João estava deitado de costas em sua cama, braços abertos, mãos sob a cabeça, olhando para o teto estrelado de seu quarto. Desde criança gostava de observar o céu. Aprendeu algo sobre astronomia em umas revistas vendidas na banca de jornal. Comprou estrelas que brilham no escuro e montou suas próprias constelações: aquelas que brilham somente no seu quarto e guiam um único marinheiro perdido: seu coração.

João se acalmava contemplando seu próprio firmamento. Olhá-lo era como contemplar-se. Era como olhar para dentro de si. Às vezes pensava que poderia ficar eternamente fitando-o, desafiando-o a falar sobre si mesmo.

"Para sempre não é muito tempo para quem é feliz onde está. Para sempre não é muito tempo para quem vive procurando se encontrar." Sorriu. "Essas frases dariam um bom poema".
Afastou o pensamento. Escrever jamais fora o seu forte, assim como milhões de outras coisas que nunca soubera fazer.

Então, levantou-se de um salto, "dizem que nunca é tarde para começar". Pegou papel e caneta e começou a escrever. Escreveu a noite inteira. Rabiscou, rasgou, jogou fora. Escreveu sobre o que queria, sobre o que amava. Descreveu seu quarto, sua casa. Contou sua infância. Inventou histórias. Resumiu livros que já lera e os que inventara, mas que jamais pararam no papel.

O sol raiou e João sorria. A luz do dia apagou o brilho das estrelas.

Foi trabalhar exausto, mas feliz.

Ao fim do dia, ao recostar o corpo sonolento na cama, olhou para seu pequeno céu particular e pela primeira vez percebeu quanto espaço ainda havia para outras estrelas. Levantou-se, pegou algumas estrelas fluorescentes e colou-as ao lado de uma outra constelação.

Deitou novamente. Contemplou seu novo céu. "Apenas algumas estrelas a mais e tudo parece completamente diferente", pensou: "Talvez, para sempre seja pouco tempo para quem se desafia e tem um céu inteiro para fazer brilhar".

Dormiu.

Sobre o sol, a praia, o céu, o mar

Onde o tempo passa devagar,
Onde passo o tempo a divagar,
Esquenta, queima e arde mia pele
O sol que cedo nasce pra brilhar.

Qual vigia espera a aurora,
Qual soldado aguarda a suas ordens,
Imponentes, imovíveis as palmeiras se ostentam
Contemplando a areia, o sol, o céu, o mar.

Após o ocaso, vem a noite, sobra a lua,
Sorri de graça para aqueles que a miram
E no silêncio, só, o mar fabrica o seu ruído.

E quando em alto mar, tão quente mar jamais senti,
pego onda, olho o sol, o horizonte, o céu,
e divago novamente, abro os braços e me entrego.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Sobre a Bahia

To em Jacuípe, BA.

Num lugar onde o rio Jacuípe encontra o mar. Algumas horas do dia o mar é calmo, em outras é bem turbulento e a correnteza do rio pro mar é forte pra dedel... (depois falo sobre isso)

O tempo todo é quente. Muito quente! O sol nasce 5h20 da manhã! E eu, que durmo na varanda, durmo mesmo com o sol na cara. (depois falo sobre isso)

O lugar é lindo. Paradisíaco, ou seria praiadisíaco. Ai ai. Não quero voltar não.

Enfim, descobri aqui que os bahianos são realmente mais devagar (depois falo sobre isso). Mas também pudera. Uma quentura danada o dia inteiro, o tempo passando a passos de tartaruga (achamos que no avião entramos em uma fenda do espaço-tempo, depois falo sobre isso). Ah, tem uma história de baianada pra contar depois...

Bom, só tenho 15 minutos aqui na lanhouse...

depois falo sobre o resto...

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Sobre ser vivo

Ao fim da noite, João reclinou a cabeça para dormir. Finalmente! Não suportava mais a terrível impressão que tivera de si ao longo de todo o dia. Um mero espectador do próprio show.

Desde a hora em que saiu de casa pela manhã até a hora em que se deitou, João apenas presenciou uma série de fatos; contracenou como mero coadjuvante em uma série de atos; reproduziu falas pré-formuladas por roteiristas que ele sequer conhecia. João apenas assistiu ao espetáculo da própria vida.

Simplesmente, teve a impressão de que tudo aconteceu independente de sua vontade. Ainda que não estivesse presente, tudo aconteceria absolutamente igual. Ele não atuara, não fora peça de improviso, nem elemento surpresa. Apenas mais um peão na mão do enxadrista, movido segundo sua vontade e conveniência. Não modificara o que queria, apenas aceitara o que lhe fora imposto. Não deixara marcas indeléveis, apenas poeiras passageiras.

João reclinou a cabeça e pensou. Pensou que queria dormir e acordar somente na hora de partir. Dormir aquele sono pesado, que não se abala por nada. Não tendo que assistir o roteiro escrito por outros para a sua própria vida seria mais suportável viver.

- Vou dormir e torcer para acordar tarde, bem tarde. E, quem sabe, ao menos sonhar com o que espero. Assim, continuarei sendo platéia de meu próprio show, sem, nem mesmo, direito a camarote. No final, talvez, valha a pena aplaudir.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Sobre o Yin e o Yang

Pensando que é
Leva lá
a vida numa boa.
Sei bem que é do bem
E vo-lo
digo de uma vez.

E tenho dito:

não tão má quanto quer ser
não tão boa quanto penso
mais boa que imagina
mais má do que te Kero(-te).

Só não sei ainda o que ser quer
Ou
não Kerol:
Benevolamente Malévola
ou Malevolamente Benévolo?

Pequena homenagem a uma amiga, já que hoje é quarta-feira ;)

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Sobre um aniversário, biólogos e cachaça

Quando cheguei, a Júlia deu três pulinhos de alegria. Seu amigo, o ponto de referência, disse que foram cinco, mas acho que era exagero dele. Pensei em perguntar se ela só tinha amigo homem (contando com a aniversariante, eu fui a sétima pessoa a chegar na festa, o sexto homem), mas achei que ia ser palha. Vai que furaram com ela.

Não demorou muito e chegaram mais algumas pessoas. Entre elas, duas mulheres! E mais pessoas, e mais pessoas (agora sim, várias mulheres)... Encheu o bar (Tá, nem tanto).

Muita gente, a galera acaba sentando em panelinhas. Nessa, formou-se uma mesinha dos biólogos (todos bacharéis =D ). O Tonhão de Boston, o forrozeiro do Hernani, o baiano peladeiro, o léo mosquito, o amilgo natalino, o Bertran (dispensa adjetivo), o Lucas, e eu, que, se perguntar pra alguém da bio, sou o Miguel Tropeço.

Fazia tempo que não via tanto biólogo junto. Férias é floids... é um martírio pra juntar a galera e já passou o tempo em que eu tentava. Enfim, biólogos na mesa, cerva e cachaça no copo (não no meu, que fique claro).

O papo, só aleatoriedades. Algumas piadas sem graça. Algumas piadas muito sem graça. Um joguinho americano que ninguém entendeu. Um ou outro comentário de Salvador. Vez ou outra a aniversariante sentava na mesa com a gente. A cachaça vai evaporando, a comida mal chega e já acaba. E assim foi indo a noite. Nada de especial, mas tudo muito bacana.

Ops, nada de especial?

De especial teve a aniversariante, os três pulinhos (ou foram cinco?) e o abraço apertado na hora de ir embora.

É. É sempre especial saber que somos especiais para pessoas que consideramos especiais.

Parabéeeeeeeeeeeeeens JoJo!!!

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Sobre uma jornada

Daqui a pouco, vou para o apartamento da minha irmã estudar.

Por que vou estudar lá? Por que é desabitado e sem internet. Ponto.

Pretendo chegar 14h30 e ficar até 22h!!!

Se eu vou conseguir, só o tempo e meus status no gtalk, orkut e msn dirão...

Sobre a satisfação

Todo dia eu prometo a mim mesmo que não farei posts emos... Foi mal, hoje não deu.



Ah, se eu pudesse desejar qualquer coisa. Ah, se eu pudesse pedir toda a riqueza, todo o poder e toda a tranqüilidade do mundo. Ah, se eu pudesse...

Chamaria alguns amigos para partilhar suas riquezas interiores comigo; chamaria uns amigos e juntos sentiríamos o poder que nenhum ditador jamais teve maior, o poder invencível e arrebatador que não domina o mundo, mas que dispõe de mundos inteiros e se encanta com o mundo inteiro que é o ser humano.

Se eu pudesse pedir qualquer coisa, desfrutaria de toda a riqueza de meus amigos e me encantaria com o poder da amizade na tranqüilidade de um campo ensolarado.

Se eu pudesse desejar qualquer coisa... eu pediria que ontem se repetisse mais vezes.

E vai ser difícil (eu diria impossível!) de me convencer do contrário.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Sobre 2009

Finalmente a inspiração de que eu precisava...


Imponente, desafiadora; com toda sua beleza e altivez; vazia de conteúdos vãos, mas cheia de “poder-ser”; com toda sua clareza e seu mistério, sua imprecisão e preciosidade; com as dúvidas e as respostas; vazia de conteúdo, plena de significado; vazia de conteúdo, abarrotada de possibilidades.

O viajante detém-se em frente a ela: mapas, rotas, provisões. Para o médico: receitas, pacientes, horários. Processos, sentenças e clientes para o advogado. Rabiscos para a criança e palavras para o escritor.

É um mundo inteiro, é uma vida toda. São alegrias e tristezas, versos e declarações de amor. É ritmo, é som, é música. Recado, lembrança, saudação.

Não contém nada e pode ser tudo. É cheia de possibilidades. É encantadora.


Aproveite sua folha em branco. FELIZ 2009!

Tudo isso me fez pensar: Se me dessem 70 folhas em branco que guardariam para sempre para as gerações futuras, o que escreveria nelas? O conteúdo da prova ou uma carta a um amigo? O balanço mensal de meus gastos ou os desenhos que fiz quando criança?

Inspirado por:




Uma palavra: FANTÁSTICO!

Sobre o silêncio

Absolutamente sozinho. A casa, por muitas vezes densamente habitada, repousa em tranqüilidade, como se fosse madrugada. O silêncio, quebrado apenas pelas teclas pressionadas, deveria ser sepulcral, mas, talvez devido à raridade com que acontece, talvez devido ao espírito reflexivo em que o mundo se encontra por ser início de um novo ano, o silêncio é fascinante e chamativo.

Absolutamente sozinho, o silêncio convida-me à sua escuta. E o que ele diz? Diz que absolutamente não estou sozinho. Diz que quer me mostrar um velho amigo. Alguém com quem esqueci de conversar, alguém pra quem não liguei em todos esses fins de semana lotados de baladas, alguém que não ouvi durante todo o ano por estar atarefado de mais com as minhas coisas.

Absolutamente sozinho? Não. O silêncio me mostra que há mais alguém. Apresenta-me a mim mesmo.

Tímido, desconcertado por ter passado tanto tempo sem me conversar, não tenho palavras. Pareço um adolescente que não sabe o que dizer quando senta ao lado daquela menina de quem gosta. Não sei o que dizer pra mim mesmo, pois não me encontro faz tempo e não sei mais do que gosto, quem sou, o que desejo. Não falo do eu que ajo, que estudo, que danço, que converso, que rezo, que como e durmo. Falo do eu que sente, que quer, que aspira, que sonha.

Hoje, o silêncio fez-me ver que vejo muitos rostos, muitas árvores, muitos filmes, mas meu interior está em trevas e não acendo sequer uma vela para enxergar-me. O silêncio fez-me ouvir a voz que ecoa dentro de mim, fez-me dançar no solo de meu auto-conhecimento, fez-me conhecer quem desconheci: EU.

Sobre Calvin e Haroldo

No post passado falei sobre uma nova paixão. NÃO! Não estou apaixonado pelo Sr. Sete, ainda nem sei quem é ele (apesar de ele insistir no contrário).

Blues!!! Ah, o Blues! É bom de mais...


ok, esqueça o Blues.

Agora, queria falar sobre outra paixão, não tão nova, mas talvez mais arrebatadora... Calvin & Hobbes. Os filósofos? Não! Filosofia ainda não é uma paixão. O mulequinho das tirinhas em quadrinho mesmo.

Aliás, não vou falar sobre eles. Deixe que eles falem por si mesmos. Quem gostar visite: Depósito do Calvin.


Sobre Blues

Tenho estado bem desanimado para postar aqui...

Mas eis que um misterioso Sr. Sete, de alguma forma igualmente misteriosa (uma mistura de seus posts góticos e um pequeno, mas significativo, comentário sobre minha pessoa/blog), me impulsiona a navegar em águas mais profundas e quem sabe tornar-me melhor pescador.

Ok, aqui vou eu...

Valeu, Sr. Sete.

Abraços!

han?

e o que o título tem a ver com isso?

Absolutamente nada... é que, enquanto estou escrevendo, tomo um banho de blues!!!

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Sobre 2009 e escrever (mais escrever que 2009)

Este post é fruto de uma frustração. Hoje é primeiro de janeiro de 2009. Eu preciso escrever alguma coisa sobre o ano novo. É claro, faz todo o sentido. Mas deparei-me com uma pequena dificuldade: estou sem inspiração total pra isso. Acho que não estou no clima, devo estar em 2008 ainda... Aproveitei então pra escrever o post abaixo, que escrevi antes deste primeiro parágrafo, sobre algo que já queria escrever: escrever.

Manter o blog atualizado é tenso. Ainda mais com a proposta que tenho para este: colocar crônicas, contos e poesias de minha autoria.

É tenso por que:

1º Não consigo escrever sem me sentir inspirado a tal... e inspiração nem sempre vem.

2º Crônicas precisam ser lapidadas, contos demoram pra ser escritos e poesias... às vezes apenas uma palavra está mal encaixada, uma rima mal feita, e pra consertar isso é preciso dias. Sim, dias! Não pode ser qualquer palavra, tem que ser A palavra. Ela precisa ser pensada, buscada, sentida... Na verdade, isso vale para o conto e a crônica também.

3º AlGunx miGuXox inSiXtem em DiZeR qUe Eu VireI EmO sÓ porQue tEnHo Um BloGxxxx. E iXXo me XatEiA MuiTo, Me DEiXa TriSTe.... Eu Não SoU Emo! Xó xOu alguéM com seNtimEntox FoRtex e iDéiaX que PreXiSam sEr ExpreSXos por MeiO de PalvrAs.

Na ânsia de manter o blog atualizado, sempre pra frente, corro o risco de escrever coisas legais, bacanas, mas que jamais (repito, jamais!) serão excelentes, porque pouco trabalhadas. E isso não quero.

O que fazer, então? A resposta é clara, pronta, óbvia: desistir. Deixar pra lá. Esse negócio de blog é fogo de palha, é o primeiro brilho da aurora que mal vemos e já se foi, é o ânimo do novo que tão logo deixa de ser novo, deixa igualmente de animar.

Béeeee (tentativa frustrada de “onomatopeizar” aquela buzina chata de programas televisivos que indicam a resposta errada).

Resposta certa: Escrever coisas do dia-a-dia “sem o compromisso estreito de falar perfeito, coerente ou não, sem o verso estilizado, o verso emocionado...” (Oswaldo Montenegro).

Contudo, no entanto, todavia (regra número um da escrita: não use clichês!!!), continuo com o objetivo de aprimorar a escrita (que, pelo jeito, tem muito o que ser aprimorada) para que um dia (um dia quem sabe) possa escrever um livro ou coisa que o valha.

E, pra não passar em branco (se bem que branco combina com a data): Feliz Ano Novo! (Hmpf...)


Ps: aproveitando a oportunidade http://gabrielsartori.blogspot.com/2009/01/superstio.html

É o blog do meu irmão (aquele que me incentivou a fazer um blog e agora fez um pra ele). Tá muito legal. A diferença do dele pro meu é que o dele é de EMO, e o meu nem tanto...