Experimente dizer a um ramo
que ele nada vale,
Deixe que ele convença os demais
e não haverá mais árvore.
Experimente dizer a um ponto
que ele não faz diferença,
Deixe que ele convença outros pontos
e não haverá mais reta.
Experimente dizer a um segundo
que de tão passageiro ele é inútil,
Deixe que ele convença outros
e não haverá mais dia.
Experimente dizer a uma criança
que ela não pode,
Deixe que ela convença seus amigos
e não haverá futuro.
Experimente dizer a si
que as coisas são assim mesmo,
Deixe-se convencer
e não haverá mais vida.
olá! cheguei aqui pra ver nossa coincidencia sobre os nomes dos posts e me deparei com lindos escritos! está de parabéns! já favoritei e virei aqui sempre :) seja bem-vindo no meu cantinho também :) beijos!
ResponderExcluirExôdos 3, 13-14
ResponderExcluir<< Moisés disse a Deus: ”Quando eu for para junto dos israelitas e lhes disser que o Deus de seus pais me enviou a eles, que lhes responderei se me perguntarem qual é o seu nome?”. Deus respondeu a Moisés: “Eu sou aquele que sou”.>>
Sobre o ser? Interessante. Às vezes penso que os antigos, apesar de não terem nenhum conhecimento das ciências exatas e humanas (isto é história, geografia, etc) teriam muitas coisas interessantes para falar. Parmênides no séc. VI a.C., diferentemente dos seus antecessores, não procuraria o princípio primeiro em realidades físicas como o ar, o fogo, a água e etc, mas sim no ser.
Parmênides diria em resumo que “ só um discurso como via interessa: que o ser é. Pois que o ser não é é uma via impraticável: pois não poderia conhecer o que não é (isto é impossível) nem poderia expressá-lo.
Aristóteles diria, dois séculos adiante, que há muitos entes. O homem é, a cor é, o número é. Mas nem todos são no mesmo sentido. Um ente pode ser, para Aristóteles, em ato e em potência. Ser em potência é o modo de ser que não é ato, mas capacidade real de estar em ato e não mera possibilidade lógica. Por exemplo, um garoto é um homem adulto em potência, e pode chegar a ser adulto em ato precisamente pelo movimento passagem de potência para ato (para Aristóteles o movimento seria qualquer mutação ontológica). A pedra, em troca, não é potência do homem.
Dando um salto um pouco brusco, Aristóteles fala, como seus antecessores, de um primeiro motor origem de todas as coisas. Sua conclusão é: “já que há um mundo em movimento, é necessário que exista um princípio primeiro que o produza, e é necessário que tal princípio seja: a) Eterno, porque o movimento causado também o é; b) Imóvel, pois a cauda primeira do móvel não pode estar sujeita a mutação e c) Ato Puro, já que se tivesse potência não poderia ser a causa primeira.
Pois bem, a este Ato Puro, podemos entender por: Deus, princípio de todas as coisas. Isso diria São Tomás de Aquino no séc. XIII de forma mais específica.