quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Sobre a arte de amar! =D


“A caridade é uma virtude importantíssima, é tudo. Portanto, convém, desde já, empenharmo-nos em vivê-la um pouco melhor. Para tanto, é preciso saber quais as coisas que a fazem especial. Diz um pensador: ‘Amar é bom; saber amar é tudo’. Sim, saber amar, porque o amor cristão é uma arte, e é preciso conhecer essa arte.A verdadeira arte de amar emerge por inteiro do Evangelho de Cristo. Colocá-la em prática é o primeiro e imprescindível passo a ser dado para que se desencadeie a revolução pacífica, tão incisiva e radical, que muda tudo. Ela atinge não apenas o campo espiritual, mas também o humano, renovando cada sua expressão: cultural, filosófica, política, econômica, educativa, científica etc. é esse o segredo da revolução que possibilitou aos primeiros cristãos invadirem o mundo então conhecido.”(Chiara Lubich)


São 6 pontos da Arte de Amar:

Amar a todos

A primeira qualidade do amor cristão é amar a todos.Essa arte de amar pretende que amemos a todos, sem distinção, como Deus ama. Não há que escolher entre simpático ou antipático, idoso ou jovem, compatriota ou estrangeiro, branco ou negro ou amarelo, europeu ou americano, africano ou asiático, cristão ou judeu, mulçumano ou hinduísta... O amor não conhece nenhuma forma de discriminação. Se somos todos irmãos, devemos amar a todos. Devemos amar a todos. Parece uma coisinha de nada... Mas é uma revolução!

Amar o inimigo

“Amai os vossos inimigos” (Mt 5,44). Isso sim vira pelo avesso nosso modo de pensar e faz que todos dêem uma guinada no timão da própria vida! Ele está ali na senhora tão antipática e implicante que procuramos evitar... está naquele parente próximo que prejudicou nosso pai trinta anos atrás... está na carteira de trás na escola... é aquela moça que foi embora com outro... aquele comerciante que nos enganou... são aqueles que, politicamente, não pensam como nós e por isso consideramos inimigos...Pois bem, todos esses e uma infinidade de outros, que chamamos de inimigos, devem ser amados. É preciso coragem. Mas não é o fim do mundo: um pequeno esforço da nossa parte, pois noventa e nove por cento é Deus quem faz e... no coração, sentimos uma enxurrada de alegria.

Amar primeiro

Outro passo da arte de amar, talvez o que requer mais empenho de todos, que põe à prova sua autenticidade e sua pureza, pede que amemos primeiro, tomando sempre a iniciativa, sem esperar que o outro dê o primeiro passo.Fomos criados como um dom uns para os outros e cumprimos esse nosso ser pondo todo o empenho pelos nossos irmãos e irmãs com aquele amor que antecede qualquer gesto de amor do outro.

Fazer-se um

Há um ponto da arte de amar que ensina como colocar em prática o verdadeiro amor pelos outros. É uma fórmula simples, feita de apenas duas palavras: “fazer-se um”.“Fazer-se um” com os outros significa assumir os fardos deles, as preocupações deles, partilhar os sofrimentos e as alegrias deles.“Para os fracos fiz-me fraco ... Tornei-me tudo para todos a fim de ganhar o maior número possível” (I Cor 9, 22.19) Sim, esse é o caminho, porque é o mesmo que Deus percorreu para manifestar-nos o seu amor: Ele se fez homem como nós e foi crucificado e abandonado, para colocar-se ao mesmo nível de todos. Fez-se verdadeiramente “fraco com os fracos”.

Ver Jesus no outro

O amor evangélico quer que reconheçamos Jesus no próximo, como Ele disse, ao falar do juízo final: “Pois tive fome e me deste de comer. Tive sede e me destes de beber ... Em verdade,, vos digo: cada vez que o fizestes a um desses meus irmão mais pequeninos, a mim o fizestes” (Mt 25, 35.40).Portanto, essa arte de amar requer também que reconheçamos Jesus, que acreditemos que Jesus está por trás de cada irmão, porque Ele considera feito a si o bem e o mal que foram feitos ao próximo.

Amor recíproco

“Fazer-se um”: é isso o amor.“Fazer-se um” até que a pessoa amada desse modo entenda o que é o amor e queira, por seu turno, amar.O amor verdadeiro, a arte de amar, em seu ponto culminante, é amarmo-nos mutuamente. Amarmo-nos mutuamente de tal modo que mereçamos o dom da unidade. Porque nós não sabemos fazer a unidade. Podemos fazer a nossa parte, amarmo-nos, mas a parte mística da unidade, a presença de Cristo em nosso meio, deve vir do Céu.

O lance é lançar o dado no começo do dia e esforçar-se por viver aquele ponto! ;)

Um comentário:

  1. "Amarmo-nos mutuamente de tal modo que mereçamos o dom da unidade. Porque nós não sabemos fazer a unidade. Podemos fazer a nossa parte, amarmo-nos, mas a parte mística da unidade, a presença de Cristo em nosso meio, deve vir do Céu."

    Quero ser merecedora desse amor mútuo!
    Adorei o dado, Miguel!
    Vamos começar o "jogo"!

    bjos amigo!

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