Maria se voltou para olhar. Mais uma vez ele chegava bêbado em casa. Aonde tudo aquilo iria parar? - ela se perguntava.
Extraindo as forças de seu coração, foi até o homem e lhe bateu. A mão de Maria ardeu encontrando o rosto de João. João riu e depois chorou. As gargalhadas lacrimejantes doíam-lhe no peito mais que o tapa da mulher.
Os dois se sentaram, frente-a-frente, rosto-a-rosto. Olharam-se e se perguntaram porque? Mais um dia se ia e tudo era apenas igual. Mas queriam mais, mereciam mais... sabiam disso, mas não sabiam como sair de onde estavam.
E apenas choraram, mais uma noite, sem saber... E o outro dia começou, e nada mudou. Maria apenas esperava... esperançosa, paciente... que um anjo os fosse salvar.
E no silêncio da noite, cobrindo-se do frio com um ralo lençol velho e furado, chorava calada.
Eh... O que escrever? Tristeza linda, ou amor lindo. A cruz gloriosa.
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