Subiu no barco, içou a âncora, levantou as velas e deixou o vento e a maré o levarem.
Eram apenas ele e o mar. Havia também o vento e o sol. Mais nada, nem ninguém. Apenas pensamentos que pulavam e mergulhavam no oceano, fazendo gotas saltarem para dentro do barco. Pensamentos soltos, que o aliviavam.
Não olhou pra trás. Não se importou com a distância. Apenas se deixou carregar até que o sol beijasse o mar e a lua surgisse no longínquo distante, como uma gota de sangue se derramando sobre uma poça. Só que a lua não era vermelha, era branca como a neve.
E a noite ficou gelada, muito gelada. E ele sorriu para o mar e sorriu para lua.
E ele sorriu para o sol.
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