quinta-feira, 2 de abril de 2009

Sobre a morte da palavra...

Não havia palavras para expressar tamanha dor. A família ardia em desconsolo, os amigos, surpreendidos com a notícia repentina, tardavam-se em aceitar o ocorrido.

O pobre defunto tivera muitos conhecidos, muitos mais admiradores e uma família extensíssima (de filhos e netos contavam-se 20). Fizera muitos chorarem com suas preces tocantes, fizera muitos falarem com suas palavras instigadoras, e agora calava a infinitos com sua partida imprevista.

A palavra morrera; a poesia era triste; o epitáfio, uma prosa insossa que não correspondia à grandiosidade de tamanho orador. O mundo perdera um pai, um avô, um pensador.

E em troca, ganhara apenas um conto pequeno e sem valor. O que faz-me pensar que grandes homens calam quando não tem o que falar.

Um comentário:

  1. Grande amigo Miguel...

    Dei uma lida no seu blog e, cara, me surpreendi! Não sabia que escrevia tão bem. Gostei muito das crônicas, são nitidamente criativas e singulares. Meus parabéns! Você vai longe meu velho, não deixe de investir no seu sonho.

    Então, você pediu o link do meu blog, aí vai:

    chaotix3d.blogspot.com

    O link para assistir o Rua das Tulipas:

    http://www.ozi.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=136&Itemid=130

    Não deixe de ouvir a trilha.

    Agente se fala amigão, um grande abraço.

    Charles

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