sábado, 11 de abril de 2009

Sobre corações doridos

Pranto. Pesar do coração.
Olhares que se desviam.
Andar vacilante e sem rumo.
Que rumo?

Perda. Desolação.
Quando a noite cai: solidão.
Quando o dia vem: saudade.
Palavras? Pensamentos?

Silêncio. Silêncio.
Silencia-se o coração.
No silêncio,
a lembrança.

Das palavras que formavam.
Dos braços que agiam.
Do olhar que aliviava.
Lembrança que fortalece.

Braços que acolhem.
Braços solidários no amor.
Mas braços fracos, debilitados de dor.
Braços que esperam.

Olhares que se encontram.
Olhares miúdos, perdidos na dor.
Olhares que se aliviam.
Olhares que esperam.

Um refúgio necessário.
Braços e olhares que mais dor sentem.
Silêncio em torno dela.
Reunião de corações doridos.

Espera dolorosa.
Lembrança esperançosa:
"Se a semente não morre..."
Espera na dor. Espera.

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