sábado, 20 de dezembro de 2008

Sobre 2008 segundo o GMAIL

Hã???

O que você quer dizer com "2008 segundo o GMAIL?".

Pois é, explico: acabo de descobrir uma nova funcionalidade do Gmail: armazenamento de memória recente. É isso aí. Estava tentando fazer uma restrospectiva de 2008. Comecei com Janeiro e logo: "Puts, o que eu fiz em janeiro? Mal lembro se estava em Brasília ou não..." E de repente surge uma luz. Eu não lembro onde eu estava, mas com certeza o Gmail sabe. Corri ao computador --> abri o Gmail --> pesquisa avançada --> mensagens de 01/2008!!! E lá estava. Todos os e-mails que mandei e os e-mails que recebi. Bom, nem tudo que fiz nesse ano foi registrado no Gmail, afinal não recebi convites de festa por e-mails, não fiz cursos, nem a faculdade a distância... masss... sem dúvida que deu pra ter boas recordações. Além disso, ler-me o que escrevi há meses atrás foi uma experiência enriquecedora. Recomendo essa experiência a todos.


Chega de papo furado, maõs a obra. Começo com janeiro e fevereiro depois posto outros meses...


Dia 12 de janeiro – Envio o começo de um livro que começo a escrever – um dos muitos que comecei...
Galib seria um reino, cujo rei seria deposto por um de seus fiéis subordinados. A única chance de Galib voltar ao que era antes seria A Resistência, um grupo de guerreiros e de aldeões comuns que não estavam no reino quando tudo aconteceu... eis o que escrevi, que por sorte enviei a um amigo no dia 12 de janeiro. Parece que Galib não será salva e que a história de Guil e Yara jamais será contada... Será?


A morte de Yara.
A decisão de fazer as coisas por si mesmo.

Guil entrou com Yara na capela. O corpo sem vida de sua namorada repousava em seus braços. Cabelos longos e negros quase tocando o chão, seus olhos azuis como o mar escondidos abaixo das pálpebras finas, a pele que fora clara como a neve, agora estava mais branca do que nunca. Guil quase não sentia o corpo de sua namorada, estava leve, como se a morte tivesse levado uma parte dele. A parte mais pesada, pensou. Não sabia onde ela estaria agora. Yabaka? O céu. Gostava de pensar que sim. Sim, ela estava em um lugar melhor. Aliás, pensou Guil, naqueles dias, qualquer lugar que não fosse Yby deveria ser um lugar melhor.
Ele caminhava com o seu corpo até o centro da capela. Incomodavam-lhe os olhares. Todos em pé, olhando para a matéria sem vida que um dia pertencera a uma mulher que, apesar da presente aparência, demonstrou maior vivacidade e coragem do que todos ali presentes. Contudo, não poderia culpá-los pela morte de Yara. Sabia disso, e era o que mais doía. Ele era o único culpado. Fora sempre fiel, esteve sempre ao seu lado, mas quando ela mais precisou se afastou. “Ao menos coube-me levá-la à pedra central. No fundo, então, os acontecimentos dos últimos dias não foram suficientes para apagar a vida que tivemos juntos”. Esse pensamento o consolou.
Nas primeiras fileiras estavam os seus novos líderes: Rodolfo e Abriaão. Ambos com olhares baixos, derrotados. Guil sabia o que esperar deles. Não reagiriam. Não contra-atacariam. Não por agora. E, muito possivelmente, nunca. Haviam deixado de ser homens de fibra desde que saíram de Galib há cinco anos atrás. O que fez Guil pensar que, na verdade, nunca o haviam sido.
Passou pelos primeiros assentos. Subiu os degraus que levavam à pedra central. Leo e Elias estavam ao lado da pedra, haviam trazido os corpos de Fred e Lucas. Eram só os três agora e não sabia se Leo ainda estava disposto a lutar. Com as últimas perdas talvez se reacendesse nele o espírito que sempre tivera, mas Guil não tinha muita esperança de que isso acontecesse. Será que tudo estava perdido? Depois de tanta luta e tantas perdas?
Depositou o corpo de sua amada ao lado de Fred e Lucas. Sentia que deixava ali uma parte de si. A parte mais pesada, pensou com tristeza. A única pessoa que sempre o entendera, a única capaz de conter seus impulsos de fama e glória. O único consolo nos últimos anos. A única razão para se levantar ao menos um pouco feliz. Isso tudo agora se fora. O peso de tudo seria muito maior, a tristeza talvez insuportável. Sentiu um aperto angustiante no peito. Queria arrancar o coração fora para que não doesse mais. Não podia. Sabia que muitos outros precisavam dele. Ainda havia sentido em lutar. Uma única lágrima escorreu pelo seu rosto. Caiu sobre os lábios cerrados de Yara. Iratembé, lábios de mel, chamava-a. Tocou seus lábios no dela. Não tinham mais o gosto do mel. Aliás, que gosto tinha o mel? Havia tanto não o experimentava, na verdade, não sentia como realidade muito do que acontecera no passado, tudo parecendo tão distante da realidade presente. Mas sabia que o mel era realidade. No fundo, ainda podia sentir seu sabor, o sabor do último beijo que dera em Yara, na viva Yara.


Dia 21 de janeiro – recebo a lista da equipe do AVC (aprofundamento da Vivência Cristã), encontro do Movimento Escalada da Arquidiocese de Brasília que coordenei com uma querida amiga! =D



Dia 28 de janeiro – envio para minha orientadora na Embrapa a revelação de uns géis de agarose de milho para serem analisados (alguém entendeu alguma coisa?). Pois é, em janeiro estava estagiando na Embrapa. Parece que faz tanto tempo... saí logo depois, em março mais ou menos...






Em fevereiro, muuuuuitos e-mails trocados com a coordenação do AVC. Eita lasquera, ta chegando, ta chegando... muita coisa pra resolver e pouco tempo disponível, masss... com a graça de Deus, tudo vai dar certo, AVC foi 29/02 e 01 e 02/03... Segue o Alpinista Virtual que recebemos em nossas caixas de correio no fim do mês.



E fevereiro foi só isso? Necas... óficórsi nóti... Além do estágio na Embrapa que continuou, no comecinho de fevereiro (ok, comecei fevereiro de trás pra frente, tarde de mais, já escrevi e não vou começar de novo...), dizia eu, no comecinho de fevereiro vivenciei nada mais nada menos que o XI ACAMPS!!! Um dos encontros mais marcantes da minha vida! As partilhas deixam saudades, ah deixam. SIMEÃO UH UH! Não adianta falar muito, só quem tava lá pra saber... Segue partilha virtual que mandei para a galera da tribo na semana seguinte...
Aaaaaaaaaaaah... ficar sem partilhar me faz mal...
Então decidi não guardar o que tenho levado dentro do peito nesse quinto dia e colocar tudo pra fora para as mais novas pessoas que amo.
Primeira coisa: adoro escrever!!! Se no meu incerto futuro eu não tiver um bom trabalho, e mesmo se tiver, pretendo escrever uns livros como bico e diversão. Ok, mas isso não tem nada a ver com o quero dizer. Foi só para justificar o fato de estar escrevendo hehehehehe.
Por onde começar?
Bom! Deus é bom de mais pra mim!!! Coloca sempre as oportunidades certas nos momentos certos. Às vezes é difícil perceber isso, mas se prestarmos atenção nos sinais (né, Lorena? =D) veremos que é assim que funciona. E como esse acamps foi bom! Arejei a cabeça, distraí de pensamentos que não me deixavam em paz, me diverti de mais, me conheci bem mais, rasguei o coração pro Santíssimo tantas vezes e pra vocês algumas.
Ele é Paizão mesmo, né? Cuida, repreende, perdoa! Repreende sim! Toda essa história de desafios e dificuldades me fez refletir que bondade não é passar a mão na cabeça e dizer que está tudo bem, mas é fazer de tudo para que a pessoa amada se realize como PESSOA INTEIRA, e para isso, repreensões e barreiras são necessárias, entendem? Como o pai que não deixa o filho brincar e dormir o dia inteiro. Não é que ele não queira a alegria do filho, mas estudar, arrumar o quarto e etc é necessário para que ele cresça em virtudes e valores.
Ele cuida! Ah, todo mundo saiu inteirinho de lá... A única explicação é que Ele cuida... hehehehehe Brincadeirinha! Mas é sério... "todos devem zelar pela segurança uns dos outros"... é Ele cuidando, sabem? Usando-nos como instrumentos na vida do outro. Os planos de Deus são perfeitos. Enquanto um é protegido e mal nenhum o atingi, aquele que protege vive a maravilhosa experiência da ajuda, da caridade, do estender a mão, do AMAR.
E o 5º dia, vocês me perguntariam? Na verdade, na verdade... tá igual aos outros. Trabalho, saídas, um tempinho em casa. Digo, o mundo tá igual. O que muda é a disposição do coração. É a alegria e o bem-estar aparentemente inexplicáveis que invadem o coração de vez em quando que muda tudo... toda vez que lembro que existem pessoas como vocês, que existem momentos que serão sempre inesquecíveis e que existe um Deus que cuida, que ama e que perdoa!
Algumas vezes tive sim que fazer um esforção pra não desanimar e não fazer mal feito o que estava fazendo. Hoje, por exemplo, errei um monte de coisa lá no laboratório, até quebrei uma seringa... aiaiai... deu vontade de voltar pra casa mais cedo... hnfff... mas... levantei e continuei... Daí as coisas passaram a dar certo? Não! Mas quem disse que tudo vai dar certo só por que a gente fez o acamps? O acamps nos deu força pra não desanimar, nos mostrou que precisamos dos outros nos momentos difíceis e nos felizes, e que com a bênção de Deus (ou seja, a sua presença!) nada que vá nos atingir é realmente mal.
Tudo isso sem contar as musiquinhas que hoje animam mais o meu dia... passei o dia de hoje ao som (mental) de "Raio de luz, dentro de mim, cisco no olho, não é ruim! Emanueeeeeeeeeeel, eu vou pro céééééééu, pra ser feliz! =DDDDDDD"
Bom... é mais ou menos isso que tinha pra partilhar... essas são minhas primeiras pérolas do meu 5º dia e queria muito partilhar com vocês... hehehehehe
A todos, beijos e abraços saudosos de um irmão de tribo que já ama vocês!!! Siiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiimeão, HUHU!!!!!! =D

Um comentário:

  1. "quem disse que tudo vai dar certo só por que a gente fez o acamps?" e como isso é verdade, não é mesmo? Quantas outras partilhas nos mostraram isso? Mas, nos mostraram também que apesar do mundo continuar o mesmo... desde o 1° dia no Acamps já ESTÁVAMOS DIFERENTES. Hoje, depois de quaze um ano, ouso dizer que CONTINUAMOS DIFERENTES, tudo que vivemos PERMANECERÁ EM CADA UM.

    SIMEÃO, HU HU.... rs

    Fabiani Cavalcante
    (A goiana do XI Acamps)

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