quinta-feira, 6 de maio de 2010

Sobre o mais alto que eu puder

Eu vou subir o mais alto que eu puder... e de lá vou gritar, para todo o mundo ouvir...

Eu vou subir o mais alto que eu puder... para contemplar o mundo aqui de baixo, tão pequenino...

Eu vou subir o mais alto que eu puder... e não vou descansar até que chegue lá...

Eu vou subir o mais alto que eu puder... e de lá saltarei, em vôo livre, e planarei sobre a montanha, sobre as árvores, ao lado das aves livres que se contentam em ser o que são e voar...

Eu vou subir o mais alto que eu puder... e lá descansarei, respirando o ar rarefeito, frio, que entrará em meus pulmões congelando todo o calor de viver...

Eu vou subir o mais alto que eu puder... e lá avistarei o mundo, que no horizonte bem distante toca o céu, avistarei as nuvens abaixo e acima, e me sentirei o rei do meu universo...

Eu vou subir o mais alto que eu puder... para que quando descer eu possa avisar a todos que o horizonte é bem mais longe do que se vê...

e que é possível ir além do que se crê...

e que a grandeza dos problemas é relativa, assim como a pequenez de um breve gesto de amor...

e que mesmo o coração mais gelado, ainda pode ser aquecido por um longo abraço...

e que a liberdade é o maior dom do ser humano, mas que é preciso saber voar como as aves e não se prender aos vícios do caminho...

Eu vou subir, mas lá não ficarei por muito tempo... por que a vida acontece aqui e é aqui que eu devo estar.

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